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Evanivaldo Castro Silva Junior
Professor da Fatec Jales (Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, e doutor em Engenharia Elétrica (USP/EESC)

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Educação Off Line

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Talvez esse tenha sido um “pequeno tiro no pé” pois, ao dependermos dessas tecnologias para o ensino.

Iniciamos o ano letivo de 2025 com o grande desafio de implantar a recente lei que restringe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas, a Lei Federal nº 15.100/2025, que certamente deve ter sido o centro dos planejamentos pedagógicos das escolas brasileiras nessa virada de ano.

Apesar de aparentemente simples, afinal lei não se discute, se cumpre, a missão não é das mais fáceis, principalmente por atingir um público que nasceu conectado, crianças e jovens cuja vida está pautada pela internet e com a qual utiliza os aparelhos de telefonia celular praticamente como uma extensão corporal.

Nas palavras do Ministro da Educação, Sr. Camilo Santana, “o objetivo da lei não é proibir o uso de celulares, mas proteger nossas crianças e adolescentes por meio da restrição a esses aparelhos” o que, em tese, é uma argumentação válida, porém existem vieses que podem gerar controvérsias.

Lembremo-nos de 2020 quando, em plena pandemia mundial do COVID-19 os sistemas eletrônicos, principalmente os aparelhos celulares, tornaram possível a continuidade dos estudos a bilhões de pessoas no mundo e, mesmo com todos os defeitos e limitações do ensino remoto, possibilitaram que a educação não parasse.

Claro, não podemos ser injustos com os professores, e demais educadores que tiveram que se reinventar na busca de soluções viáveis para essa nova realidade da educação, mas é óbvio que sem as tecnologias, tanto físicas (computadores, celulares, tablets, etc.), quanto de sistemas computacionais (App’s, programas, plataformas educativas, softwares em geral) nada disso seria possível.

Talvez esse tenha sido um “pequeno tiro no pé” pois, ao dependermos dessas tecnologias para o ensino, abrimos a porta do uso irrestrito das mesmas para jovens e principalmente crianças que começaram a ver o mundo externo através das telas e, aliado ao fato das bigtechs (grandes empresas de tecnologia) buscarem incessantemente o alcance de público, o desfecho dessa questão foi esse estrago que agora buscamos corrigir.

Polêmicas à parte, nós que trabalhamos na área da educação sabemos que o uso indevido, irrestrito e indiscriminado de aparelhos celulares em sala de aula inequivocadamente atrapalha o processo de ensino-aprendizagem e que mesmo justificando que esses sistemas podem auxiliar muito o aprendizado dos alunos tornando inclusive, “mais atrativo”, em verdade trata-se de uma falácia.

Precisamos sim utilizar tecnologias como ferramentas auxiliares nos processos educativos, mas com a supervisão de profissionais docentes que possam assegurar a eficácia e eficiência do processo garantindo no horário escolar, o uso restrito dos dispositivos tecnológicos na educação o que, por enquanto, é uma missão muito difícil.

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