Na semana passada, no artigo por mim intitulado “Ensino-aprendizagem em evolução ou revolução” publicado nesta coluna, descrevi um rápido experimento onde questionei alguns alunos de uma sala de aula universitária “quem da sala gostaria que não existisse nenhum tipo de IA (Inteligência Artificial)” obtendo como resposta que somente 19% se manifestaram nesse sentido.
Intrigado, perguntei também para uma IA se ela, incluindo todas as demais IA’s, poderia deixar de existir e a resposta foi NÃO!
A resposta completa da IA foi muito bem pautada e justificada com informações bastante plausíveis, apresentando argumentos possivelmente favoráveis a uma desativação, como:
- Controle centralizado: Algumas IA’s são projetadas com um controle centralizado, o que permitiria uma desativação rápida e eficaz.
- Dependência de infraestrutura: Muitas IA’s dependem de infraestrutura física, como servidores e data centers, que podem ser desativados ou destruídos.
- Vulnerabilidades: Como qualquer sistema complexo, as IA’s podem ter vulnerabilidades que podem ser exploradas para desativá-las.
E, em contraponto, alguns argumentos desfavoráveis, foram apontados como:
- Distribuição e descentralização: Muitas IA’s são projetadas para serem distribuídas e descentralizadas, o que torna difícil controlá-las ou desativá-las.
- Autonomia e adaptabilidade: Algumas IA’s são projetadas para serem autônomas e adaptáveis, o que significa que elas podem se ajustar e se adaptar a novas situações, incluindo tentativas de desativação.
- Interconexão: As IA’s estão cada vez mais interconectadas, o que significa que desativar uma IA pode ter efeitos colaterais não intencionais em outras IA’s e sistemas.
Os seis argumentos apresentados acima (em itálico) foram transcritos exatamente como a IA respondeu, demonstrando, na minha humilde opinião boa fluência argumentativa, “raciocínio” pleno sobre o questionamento, clareza na expressão escrita, enfim uma resposta tão apropriada, em muitos casos até superior, a de um ser humano. E ainda concluiu:
“Embora seja possível desativar algumas IA’s, é improvável que seja possível desativar todas as IA’s do planeta de uma vez. A complexidade e a interconexão das IA’s tornam isso um desafio significativo.”
O que mais me assustou na realidade nem foi a qualidade argumentativa geral da resposta, mas sim as argumentações que justificam as diversas impossibilidades, para mim traduzidas em impotência humana frente ao atual status que as IA’s alcançaram.
Ficou muito claro que se por algum motivo emergencial (algo que implique na segurança global!) precisarmos desativar as IA’s, não é mais possível, isto é, esses “organismos virtuais” e futuramente (futuro em andamento), “os organismos cibernéticos” não estão mais sob o controle da raça humana.
Que Deus nos ajude!