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Prof. Dr. Silvio Luiz Lofego
Doutorado em História e Cultura pela PUC/SP, professor universitário e escritor

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Jeremias e Emílio na educação contemporânea.

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Jeremias, eu sou homem, coisa que você não é E não atiro pelas costas não (Renato Russo)

No final de 2024, alunos da 1ª série do ensino médio da Escola Estadual Prof. Carlos de Arnaldo Silva tiveram a ideia de produzir uma instalação artística que representasse o racismo, a exclusão e a violência a que estão expostos, ao mesmo tempo, com camisas marcadas por buracos que representavam a perfuração de balas e manchas de sangue, com nomes de negros da periferia assassinados. Um trabalho carregado de significados e de pontos de interrogação para nós educadores.

Afinal, transformar a sociedade, construir um futuro melhor, com respeito à diversidade e igualdade de direitos se constituem no prisma utópico que desde o fim da Idade Média passa pela crença e pela motivação de todos que se dedicam ao trabalho de ensinar. Mas, afinal, ensinamos o quê? E para que ensinamos, se não for para melhorar a vida do aprendiz? Se não for para produzir uma sociedade sem as mazelas atuais e que promova oportunidades de vida com dignidade a todos, a educação não faria o menor sentido.

No entanto, nos perguntamos: o que aconteceu ao longo desses últimos séculos, especialmente após iluminismo rousseauniano? Onde estão os Emílios do nosso tempo?  A resposta não é fácil. O Ministério de Educação está próximo de completar 100 anos no Brasil e a educação, apesar de heroicos esforços, é um retrato da gigante desigualdade social e econômica do Brasil. A distopia hoje parece se sobrepor à crença Emiliana e nos coloca novas questões e desafios que muitas vezes não conseguimos compreendê-los. Se, a bem pouco tempo, vivíamos o dualismo ideológico de um mundo em luta entre o socialismo e o capitalismo que fez o mundo mergulhar numa tensa bipolarização, hoje, ambos os termos foram tragados por um monstro invisível, mas devastador, chamado de “mercado”.

Ironicamente foi Marx quem apontou, na obra o Capital, que tudo é mercadoria, ela é o centro do sistema, produzi-la e vendê-la é questão de sobrevivência. Se você tem, em tese, apenas a posse do seu corpo, ele é a sua mercadoria. Desse modo, quanto mais corpos cuja única mercadoria a ser vendida a força do seu corpo para o trabalho, melhor para o mercado, uma vez que o valor pago pela ‘mercadoria trabalho” volta para o mercado por meio do consumo. E, assim o fosso entre ricos e pobres se aprofunda cada vez mais. Como haverá educação igualitária numa situação dessas? Há tempos a resposta está no “eterno” futuro. E nosso país é de lá, bastaria acreditar.

O Brasil sempre foi país do futuro que tanto aprendemos nos bancos escolares. No entanto, que esse país hoje atira pelas costas sob o aplauso daqueles que deslumbram com o topete do tio Sam? Estão sorrindo enquanto são devorados.

Nessa transição de uma educação utópica para distopia contemporânea, sobram teorias e faltam caminhos. Nessa distopia, o Estado virou o Grande Irmão e qualquer reação a ele se torna um grande risco à sobrevivência. Às vezes, nos meus mais de 30 anos dedicado ao trabalho como professor, ouso perguntar: educação transforma ou acomoda interesses? Um olhar sobre as condições dos jovens em idade escolar no Brasil pode responder essa pergunta.

Mas é dentro desse sentimento atônito que ainda é possível tatear alguma esperança numa escola marcada pelo estigma da desqualificação. Há muitos sentimentos em nossos jovens da periferia do “mercado” e a distopia educacional nada mais é do que o dissipar da ilusão de que o futuro vai mudar. A consciência de que habitamos mundos cujos privilégios são para bem poucos, expostos no fracasso causado pelo desinteresse dos nossos estudantes do ensino fundamental e médio, são nossos melhores indicadores. Mas se a educação for capaz de trazer a dura realidade para a sala de aula, sem o aprender do que poderíamos ser, mas do que podemos fazer, talvez tenhamos um caminho, ainda sob o amargor da injustiça do sistema, mas sob a doçura da consciência.

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