Encerramos a semana com o surgimento de mais uma guerra, agora entre os Estados de Israel e o Irã, que infelizmente traz mais tensão a região do oriente médio, já tão afetada por outros conflitos entre outros desafetos étnicos, culturais, religiosos e sociais.
Sem juízo de valor sobre “quem está certo”, até porque em uma guerra, ambos os lados ou, em conflitos mais complexos e abrangentes, todos os lados, cometem erros contra a humanidade e, portanto, estão de certa forma errados, mas o fato é que os mais afetados, sempre, são as populações civis.
Estas são mais vulneráveis não somente às consequências diretas da guerra, como mortes por explosões, armas de fogo, armas químicas e até nucleares, mas também por consequências indiretas como a fome, as doenças, o abandono e a desesperança.
Só quem passou por isso, ou quem está passando, é que vai entender em sua plenitude as mazelas que uma guerra traz ao corpo, ao psicológico e ao espiritual das pessoas.
Os combatentes, claro, estão na linha de frente do sofrimento, mas nas últimas guerras em atividades no momento, percebemos o uso cada vez mais crescente da tecnologia nos confrontos.
A tecnologia tem integrado cada vez mais os campos de batalha, proporcionando aos exércitos a participação de “soldados tecnológicos” atuantes nas mais áreas envolvidas em uma guerra.
Desde o fornecimento informações vitais para o campo de batalha, como vídeos, mapas, sensoriamento de tropas, de embarcações e aeronaves através dos satélites espiões, passando pelo front através dos drones e VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados) de artilharia, até os softwares embarcados em tanque, navios, aeronaves etc.
E devemos considerar, ainda, as evoluções tecnológicas em armamentos mais sofisticados como misses hipersônicos, aviões de caça que se assemelham cada vez mais a naves espaciais, rede de satélites ante misseis, armas à laser, entre outras.
Não sendo pessimista, mas algo me faz crer, apesar de ainda não divulgado, mas muito provavelmente utilizado, que o próximo combatente convocado deve ser a Inteligência Artificial (IA).
Sim, a IA já utilizada para a disseminação de Fake News, para o hackeamento de informações nos computadores da rede mundial internet, espionagem digital (invasão de servidores), entre outros, deve equipar a próxima geração de combatentes como cérebros dos robôs androides que provavelmente entrarão em combate muito em breve.
Mais uma vez é a ficção científica tornando-se realidade em um mundo onde as pessoas perderam completamente o valor como entidades vivas, dotadas de sentimentos, de emoções, de inteligência (“natural”).
A desigualdade que essas tecnologias devem causar ditará as próximas superpotências bélicas do mundo e, infelizmente, o destino da humanidade.