Cerca de 150 professores se reuniram na Subsede da APEOESP de Fernandópolis/SP, com Wilson Augusto Fiúza Frazão, diretor estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, e com o Claudinei Senha, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, na noite de ontem, quinta-feira, 28, para reunião sobre os últimos acontecimentos envolvendo uma readequação de alunos em outras turmas, ou seja, duas classes de 16 alunos, agrupam-se essas salas, e acaba acarretando em fechamento de uma sala.
Um dos principais pontos que foram levantados pelos professores é que esse agrupamento acaba se tornando inviável. Um exemplo utilizado foi com o ensino infantil, no berçário I, II e III, de acordo com os educadores não tem como juntar esses alunos, devido a diferença de idade. Consequentemente aumentando os alunos, o trabalho será prejudicado, pois não se consegue fazer um trabalho bem feito com os alunos, são quatro horas diretas, sem intervalo, além de causar desligamento de profissionais da área.
Falta de comunicação. Os educadores também ressaltaram a falta de comunicação, que ficou muito “disse, me disse” e não receberam nenhuma resposta concreta e direta sobre as futuras decisões da Educação. Apenas um vídeo foi veiculado nas redes sociais.
A equipe de jornalismo do Canal 12 conversou com Wilson Augusto Fiúza Frazão, diretor estadual da APEOESP de Fernandópolis.

“Estiveram presentes cerca de 150 professores, e tratamos vários assuntos, mas o foco será fazer com que o prefeito (João Paulo Cantarella) se posicione com relação as últimas decisões e falas dúbias entre ele e a secretária de Educação e esclarecer tudo isso. Foi uma reunião positiva, o primeiro passo foi dado, e a APEOESP é do Estado, mas estamos à disposição para auxiliar os professores do município também e fortalecer ainda mais a nossa classe. É importante esse número de professores presentes reivindicando seus direitos e pontuando as situações”.
Claudinei Senha, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, também falou com o CN12:

“Tivemos acompanhados de muitos professores e ficamos muito felizes pela presença de todos, agradeço a APEOESP pelo espaço e estamos fazendo o nosso trabalho que é representar o servidor público, no intuito de manter a classe unida, reivindicando seus direitos e a manutenção desses tais direitos que hoje é uma luta muito grande para o servidor mantê-lo. A reunião foi produtiva, foi retratado uma indignação, insatisfação e algumas dúvidas com relação ao acontecido. Foi uma falácia que ainda não sabemos se foi uma intenção ou não da administração e a gente gostaria de ter uma resposta para passar aos professores, infelizmente não temos a reposta, apenas um vídeo do prefeito dando uma explicação clara dos objetivos dele, que foi colocada nos grupos. Vamos continuar esse trabalho e deixar bem claro que o Sindicato defende o professor, para que se possa conduzir seus trabalhos com eficiência, que é o que a gente está tendo em Fernandópolis, com muitos prêmios, em relação ao trabalho do professor. O primeiro passo é produzir um documento e protocolar juntamente à administração que é o que ficou decidido em reunião.”
Questionado sobre o fechamento de salas Claudinei afirmou: “A gente entendeu que houve um movimento para isso e também houve, uma explicação do prefeito, que não irá fazer isso, o principal foco do nosso trabalho é manter o emprego e a dignidade do servidor, vamos trabalhar com a palavra do prefeito e estar confiando nele, que no vídeo que postou para todo mundo ver, segundo o prefeito não haverá demissões, não terá cortes, não haverá esse sistema traumáticos que foi colocado tanto para o população, quanto para o servidor e o professor que perderia seu emprego”.
O outro lado. Em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Fernandópolis foi reforçado que a palavra oficial é o vídeo que o Prefeito João Paulo Cantarella esclarece dúvidas sobre a atuação da Secretaria Municipal de Educação.