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Da cidade para o campo: a história de Adriana Boiadeira

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“Vivia na seda e no salto. Hoje é de botina, chapéu e poeira na cara”

A paixão pelo campo sempre esteve presente na vida de Adriana Cristina de Matos. Após a perda de seu marido em 2004, resolveu ir morar em Americana/SP e recomeçar a vida profissional.

Lá, ao lado dos irmãos, se tornaram empresários no ramo de corretora de seguros, assessoria e financiamento, onde tornaram-se referência na área de atuação. Adriana chegou a exercer cargos relevantes durante esse tempo.

Com uma vida estabilizada e tudo fluindo bem, a surpresa — chegou a tão temida pandemia da Covid-19 e o mundo parou, com várias mortes e empresários que tiveram impacto negativo afetando os negócios.

Atingiu Adriana e os irmãos que decidiram fechar as portas da corretora. Ela resolveu vender sua parte para os irmãos e voltar para a chácara em Jales com os filhos. “Meu sonho sempre foi voltar e morar no sítio, mas não tinha coragem de abrir mão da vida estabilizada”, afirmou.

A partir deste momento a jalesense não foi mais embora da terrinha e criou coragem para realizar o sonho de trabalhar com gados e cavalos e foi aprendendo nutrição, criação e alimentação com seu sogro, que já era pecuarista, o que levou a conhecer o empresário Adaldio Castilho, dono da raça Sindi, um gado rústico e adquiriu seu primeiro boi.  A partir daí comprou uma vaca, buscou embrião e nasceu o seu xodó, o Rondon Fiv da Estiva.

Hoje em dia, Adriana trabalha com as raças Sindi (P.O., são aqueles que possuem um pedigree registrado e são considerados puros de origem.), e também os cavalos da raça Mangalarga Paulista. São animais de alta linhagem.

“Eu tive que ter muita fé, pois comecei do zero. Eu cuido do gado, faço melhoramento genético, vendo cobertura, vendo sêmen animal, embriões, estou aprendendo a tirar leite. A chave de ouro é fé e gratidão. Outro presente de Deus foi ter o leite A2A2, ou seja, leite sem lactose”, contou Adriana.

Além de todas as tarefas do sítio, a jalesense também trabalha com assistência técnica em pomares cítricos e todos os tipos de lavouras, com grandes pecuaristas de Jales e região, representado uma empresa que vende produtos de fungicidas, bactericidas e fertilizantes.

“Eu dedico dois dias da semana para fazer as visitas e vendas dos produtos, e então levanto às 4h30 da manhã, para bater a ração do gado, que sou eu mesma que faço e tenho meu segredo, faço questão de fazer isso todos os dias, tratando também os cavalos, ainda corto capim na beira da estrada para alimentar os animais”, relatou Adriana.

Questionada pela equipe do CN12 como vivia em Americana, a Boiadeira abriu seu coração. “Eu vivia uma vida de luxo, tinha contato com pessoas milionárias, incluindo artistas, mas não tinha essa paz, tanto é, que minha chácara chama “Estância Harmonia”.

Adriana Boiadeira. Perguntada de como surgiu o apelido ela sorriu. “Boiadeira, não foi eu que me autointitulei, pelo fato de andar de trator, chapéu pela cidade, participo de cavalgadas e aí o pessoal onde eu passava gritava “E aí Boiadeira”, e ficou”.

Exposição. Adriana tem um projeto e um sonho de levar boi Rondon para a ExpoZebu, e está se preparando para isso.

CN12 – Recomeçar é possível?  

Adriana Boiadeira – “Eu diria que quando nós temos um sonho, temos que correr atrás dele. Tudo é questão de perseverança, otimismo, mas cada amanhecer é uma oportunidade de melhoramento pessoal e espiritual. Não desistir, é agradecer pela saúde e buscar aquilo que sonha, todos somos capazes, não existe obstáculo para aquele que crer. E principalmente, não abrir os ouvidos para certas palavras”.

Durante a entrevista Adriana soltou uma gargalhada e uma frase que a resume bem: “Vivia na seda e no salto, hoje é de botina, chapéu e poeira na cara”. E lembrou, “tem uma música que é meu hino que Ana Castela canta, é a “Boiadeira”.

Um trecho da canção diz: “A maquiagem dela agora é poeira/A patricinha virou boiadeira/ Largou o vinho pra tomar cerveja/ A patricinha virou boiadeira”.

Social. “Nós estamos nessa terra para servir, eu reconheço isso dentro de mim desde criança. Estou conseguindo ser, quem Deus me criou para ser. Melhor servir do que ser servido. Cuido de animais, de algumas famílias vulneráveis, levando alimento físico e espiritual. Eu não posto nada sobre isso, pois acredito que é pelo sentimento de dever cumprido, de compartilhar o que temos”, disse Adriana.

Amadurecimento. Adriana perdeu seu pai que era piloto, quando tinha apenas 10 anos, em um acidente aéreo. “Tivemos que aprender a amadurecer precocemente. Com 16 anos fui para o Japão, fiquei por quatro anos e aprendi muita coisa. Cheguei a ser chefe em uma empresa multinacional, montava freio de motos e a noite trabalhava como camareira”.

CN12 O que a Adriana Boiadeira diria hoje, para a Adriana precoce?

Adriana Boiadeira – “Valeu a pena, porque se não fosse esse amadurecimento, mesmo com pouca idade, essa garra, não que eu me vanglorie disso, mas tenho sim orgulho de mim, tenho dois filhos maravilhosos, uma família linda. Criei meus filhos sozinha, um tem 23 e outro de 20, com ajuda da minha mãe e meus irmãos. Tudo é possível e quero falar para as mulheres, filho é benção de Deus, eu criei filho sem pensão. Então é possível quando você tem fé, força, coragem e perseverança, você conquista o que você quiser. Nós somos ansiosos e queremos agora e tudo tem um tempo, um processo. Tudo é possível sim para aqueles que Nele crê”.

A paixão pelo campo sempre esteve presente na vida de Adriana Cristina de Matos. Após a perda de seu marido em 2004, resolveu ir morar em Americana/SP e recomeçar a vida profissional.

Lá, ao lado dos irmãos, se tornaram empresários no ramo de corretora de seguros, assessoria e financiamento, onde tornaram-se referência na área de atuação. Adriana chegou a exercer cargos relevantes durante esse tempo.

Com uma vida estabilizada e tudo fluindo bem, a surpresa — chegou a tão temida pandemia da Covid-19 e o mundo parou, com várias mortes e empresários que tiveram impacto negativo afetando os negócios.

Atingiu Adriana e os irmãos que decidiram fechar as portas da corretora. Ela resolveu vender sua parte para os irmãos e voltar para a chácara em Jales com os filhos. “Meu sonho sempre foi voltar e morar no sítio, mas não tinha coragem de abrir mão da vida estabilizada”, afirmou.

A partir deste momento a jalesense não foi mais embora da terrinha e criou coragem para realizar o sonho de trabalhar com gados e cavalos e foi aprendendo nutrição, criação e alimentação com seu sogro, que já era pecuarista, o que levou a conhecer o empresário Adaldio Castilho, dono da raça Sindi, um gado rústico e adquiriu seu primeiro boi.  A partir daí comprou uma vaca, buscou embrião e nasceu o seu xodó, o Rondon Fiv da Estiva.

Hoje em dia, Adriana trabalha com as raças Sindi (P.O., são aqueles que possuem um pedigree registrado e são considerados puros de origem.), e também os cavalos da raça Mangalarga Paulista. São animais de alta linhagem.

“Eu tive que ter muita fé, pois comecei do zero. Eu cuido do gado, faço melhoramento genético, vendo cobertura, vendo sêmen animal, embriões, estou aprendendo a tirar leite. A chave de ouro é fé e gratidão. Outro presente de Deus foi ter o leite A2A2, ou seja, leite sem lactose”, contou Adriana.

Além de todas as tarefas do sítio, a jalesense também trabalha com assistência técnica em pomares cítricos e todos os tipos de lavouras, com grandes pecuaristas de Jales e região, representado uma empresa que vende produtos de fungicidas, bactericidas e fertilizantes.

“Eu dedico dois dias da semana para fazer as visitas e vendas dos produtos, e então levanto às 4h30 da manhã, para bater a ração do gado, que sou eu mesma que faço e tenho meu segredo, faço questão de fazer isso todos os dias, tratando também os cavalos, ainda corto capim na beira da estrada para alimentar os animais”, relatou Adriana.

Questionada pela equipe do CN12 como vivia em Americana, a Boiadeira abriu seu coração. “Eu vivia uma vida de luxo, tinha contato com pessoas milionárias, incluindo artistas, mas não tinha essa paz, tanto é, que minha chácara chama “Estância Harmonia”.

Adriana Boiadeira. Perguntada de como surgiu o apelido ela sorriu. “Boiadeira, não foi eu que me autointitulei, pelo fato de andar de trator, chapéu pela cidade, participo de cavalgadas e aí o pessoal onde eu passava gritava “E aí Boiadeira”, e ficou”.

Exposição. Adriana tem um projeto e um sonho de levar boi Rondon para a ExpoZebu, e está se preparando para isso.

CN12 – Recomeçar é possível?  

Adriana Boiadeira – “Eu diria que quando nós temos um sonho, temos que correr atrás dele. Tudo é questão de perseverança, otimismo, mas cada amanhecer é uma oportunidade de melhoramento pessoal e espiritual. Não desistir, é agradecer pela saúde e buscar aquilo que sonha, todos somos capazes, não existe obstáculo para aquele que crer. E principalmente, não abrir os ouvidos para certas palavras”.

Durante a entrevista Adriana soltou uma gargalhada e uma frase que a resume bem: “Vivia na seda e no salto, hoje é de botina, chapéu e poeira na cara”. E lembrou, “tem uma música que é meu hino que Ana Castela canta, é a “Boiadeira”.

Um trecho da canção diz: “A maquiagem dela agora é poeira/A patricinha virou boiadeira/ Largou o vinho pra tomar cerveja/ A patricinha virou boiadeira”.

Social. “Nós estamos nessa terra para servir, eu reconheço isso dentro de mim desde criança. Estou conseguindo ser, quem Deus me criou para ser. Melhor servir do que ser servido. Cuido de animais, de algumas famílias vulneráveis, levando alimento físico e espiritual. Eu não posto nada sobre isso, pois acredito que é pelo sentimento de dever cumprido, de compartilhar o que temos”, disse Adriana.

Amadurecimento. Adriana perdeu seu pai que era piloto, quando tinha apenas 10 anos, em um acidente aéreo. “Tivemos que aprender a amadurecer precocemente. Com 16 anos fui para o Japão, fiquei por quatro anos e aprendi muita coisa. Cheguei a ser chefe em uma empresa multinacional, montava freio de motos e a noite trabalhava como camareira”.

CN12 O que a Adriana Boiadeira diria hoje, para a Adriana precoce?

Adriana Boiadeira – “Valeu a pena, porque se não fosse esse amadurecimento, mesmo com pouca idade, essa garra, não que eu me vanglorie disso, mas tenho sim orgulho de mim, tenho dois filhos maravilhosos, uma família linda. Criei meus filhos sozinha, um tem 23 e outro de 20, com ajuda da minha mãe e meus irmãos. Tudo é possível e quero falar para as mulheres, filho é benção de Deus, eu criei filho sem pensão. Então é possível quando você tem fé, força, coragem e perseverança, você conquista o que você quiser. Nós somos ansiosos e queremos agora e tudo tem um tempo, um processo. Tudo é possível sim para aqueles que Nele crê”.

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