Prof. Dr. Evanivaldo Castro Silva Junior
Professor da Fatec Jales (Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, e doutor em Engenharia Elétrica (USP/EESC)

Evanivaldo Castro Silva Junior

Professor da Fatec Jales (Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, e doutor em Engenharia Elétrica (USP/EESC)

A Guerra das IAs: quem são os verdadeiros vencedores?

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Caixa de Texto: A Guerra das IAs: quem são os verdadeiros vencedores? A maioria das pessoas ignoram, mas estamos vivendo um tempo onde está sendo travada uma guerra entre as Inteligências Artificiais (IAs) em todo o mundo. Talvez ainda não seja uma “Guerra Mundial” entre as IAs, mas a hipótese não pode ser descartada!

Os algoritmos, claro, não estão se confrontando, pelo menos não diretamente, mas sim as empresas e, num sentido mais amplo, algumas nações que estão na dianteira do desenvolvimento da Inteligência Artificial Geral.

Estados Unidos e China, são as super potências cibernéticas que devem polarizar ocidente e oriente nessa guerra e por enquanto, até onde sabemos, o primeiro tem mantido a dianteira mas algumas batalhas importantes já têm sido vencidas pela China.

No lado ocidental, as gigantes da tecnologia Google, OpenIA, NVIDIA, Anthropic, X, Perplexity AI, Amazon, Meta, Microsoft e Apple, entre outras, representam os combatentes mais ferozes. No corner oriental, DeepSeek, Alibaba, Butterfly Effect, Manus AI, e tantas outras estão “com a faca entre os dentes”.

As batalhas visam performance, eficiência e resultados superiormente autônomos em grande escala. Velocidade, precisão, variabilidade e exatidão de respostas são os principais mecanismos para a determinação “dos vencedores”.

Mas o que realmente está em jogo, e que deveria ser o principal motivo de preocupação para a humanidade são os limites a serem considerados para essa guerra. A maioria dos governantes, principalmente o presidente Norte-americano Donald Trump, não deseja impor limites e provavelmente as políticas de controle dos países Asiáticos também não são as mais restritivas.

Daí, quando em uma guerra não há restrições do tipo de arma que se pode usar, as batalhas viram “brigas de rua” onde vale tudo pela vitória e é aí que mora o perigo.

Algumas empresas, como a Manus AI, estão desenvolvendo algoritmos com tamanho grau de autonomia que já podem tomar decisões sozinhos para a resolução de uma gama muito grande de problemas complexos. Outras empresas buscam criar IAs que visam superar as capacidades cognitivas dos mais bem qualificados seres humanos (algoritmos de nível PhD), como a DeepMind, que já superou alguns dos melhores matemáticos do mundo.

Enfim, essa guerra deverá produzir super IAs que em pouco espaço de tempo, talvez alguns anos, serão cada vez mais autônomos e responsáveis por inúmeras tarefas humanas.

Talvez não estejamos enxergando mas, nessa guerra, os maiores derrotados poderão ser nós humanos.

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