Dia: 16 de junho de 2025

Year : 2025

Posso prorrogar a minha dívida rural?

Imagine um país com déficit de alimentos? É de arrepiar a espinha uma possibilidade dessa, já que a produção de comida é, dentre todas as atividades, a que mais influencia a estabilidade social, econômica e até mesmo a soberania do Estado. Porém não é inviável pensar em dificuldades. Em decorrência de perdas agrícolas e perda de safra, seja por estiagem, geadas, chuvas intensas, pragas e outras adversidades, bastante comuns no Brasil, tanto os pequenos e médios, quanto os grandes produtores, em especial os de grãos, podem, em algum momento, passar por adversidades e ter sua capacidade de financeira e produção comprometidas. Mas é direito assegurado por lei ao produtor rural alongar sua dívida (e não uma bondade do Banco), de forma que não comprometa seu patrimônio, nem sua produção quando perder a capacidade de pagar. A regra está prevista no Manual de Crédito Rural (MCR), em Leis e em Resoluções do Bacen, e o alongamento de dívidas pode ser comprovado por diversas hipóteses. No final do mês de maio deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) editou a Resolução nº 5.220, que altera o MCR para tratar da prorrogação de dívidas de custeio, tanto no contexto do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (PRONAMP), quanto para os demais produtores rurais. A norma prevê também regras específicas para o Rio Grande do Sul, que tanto sofreu com catástrofes climáticas nos últimos anos. E o que isso significa? Que dívidas por dificuldade de comercialização dos produtos; frustração de safras, por fatores adversos, e eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações, que é a queda drástica de preços, situações já previstas no MCR, poderão ser renegociadas com condições mais benéficas. A norma permite prorrogar até 100% da dívida, por até 36 meses, desde que o pedido seja feito antes do vencimento da parcela. Os produtores que necessitarem de um prazo maior do que três anos, continuam com o direito de pleitear a prorrogação da dívida com base no que já existe e que não prevê qualquer limite de tempo ou valor. Além disso, nas operações com recursos equalizados pelo Tesouro Nacional, ou seja, quando o Tesouro subsidia os juros da operação, a depender do preenchimento de requisitos técnicos, pode ser aplicável um limite para a renegociação de até 8% do saldo das parcelas com vencimento no ano, por instituição financeira. Para tudo isso acontecer, é preciso apresentar justificativa técnica, com laudo de perdas e de capacidade de pagamento. Os documentos devem comprovar: a causa da dificuldade de pagamento e a gravidade do problema e o percentual de perda de renda e o tempo estimado para recuperação. Sobre o estado do Rio Grande do Sul, os percentuais de renegociação permitidos sobre o saldo das parcelas com vencimento em 2025 foram ampliados de 8% para até 23%. Independente de qual região do Brasil o produtor rural estiver, é importante cumprir prazos e reunir a documentação correta para possibilitar o alongamento da dívida rural, que deve ser com a produção e não com a propriedade.
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Polícia Civil prende traficante em Paranapuã

Investigadores da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Jales, a DISE, prenderam em flagrante na manhã desta segunda-feira, 16 de junho, um rapaz de 27 anos de idade, morador da cidade de Paranapuã. Os policiais receberam denúncias de que o jovem estaria traficando drogas naquela cidade, e hoje pela manhã foram até lá e notaram movimentação anormal de pessoas no endereço, razão pela qual decidiram apurar os fatos. O rapaz foi localizado e, ao ser questionado, confessou possuir em sua residência drogas destinadas à venda. Foram encontradas 07 porções de cocaína já prontas para a comercialização, além de uma porção maior que juntas pesaram 76g. Também foi localizada uma balança de precisão utilizada no fracionamento da droga. O rapaz foi conduzido à Central de Polícia Judiciária de Jales, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e permanecerá à disposição da Justiça.
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Guerra no Oriente Médio: Mais Um Capítulo de Tensão e Onde a Tecnologia Manda no Front!

Encerramos a semana com o surgimento de mais uma guerra, agora entre os Estados de Israel e o Irã, que infelizmente traz mais tensão a região do oriente médio, já tão afetada por outros conflitos entre outros desafetos étnicos, culturais, religiosos e sociais. Sem juízo de valor sobre “quem está certo”, até porque em uma guerra, ambos os lados ou, em conflitos mais complexos e abrangentes, todos os lados, cometem erros contra a humanidade e, portanto, estão de certa forma errados, mas o fato é que os mais afetados, sempre, são as populações civis. Estas são mais vulneráveis não somente às consequências diretas da guerra, como mortes por explosões, armas de fogo, armas químicas e até nucleares, mas também por consequências indiretas como a fome, as doenças, o abandono e a desesperança. Só quem passou por isso, ou quem está passando, é que vai entender em sua plenitude as mazelas que uma guerra traz ao corpo, ao psicológico e ao espiritual das pessoas. Os combatentes, claro, estão na linha de frente do sofrimento, mas nas últimas guerras em atividades no momento, percebemos o uso cada vez mais crescente da tecnologia nos confrontos. A tecnologia tem integrado cada vez mais os campos de batalha, proporcionando aos exércitos a participação de “soldados tecnológicos” atuantes nas mais áreas envolvidas em uma guerra. Desde o fornecimento informações vitais para o campo de batalha, como vídeos, mapas, sensoriamento de tropas, de embarcações e aeronaves através dos satélites espiões, passando pelo front através dos drones e VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados) de artilharia, até os softwares embarcados em tanque, navios, aeronaves etc. E devemos considerar, ainda, as evoluções tecnológicas em armamentos mais sofisticados como misses hipersônicos, aviões de caça que se assemelham cada vez mais a naves espaciais, rede de satélites ante misseis, armas à laser, entre outras. Não sendo pessimista, mas algo me faz crer, apesar de ainda não divulgado, mas muito provavelmente utilizado, que o próximo combatente convocado deve ser a Inteligência Artificial (IA). Sim, a IA já utilizada para a disseminação de Fake News, para o hackeamento de informações nos computadores da rede mundial internet, espionagem digital (invasão de servidores), entre outros, deve equipar a próxima geração de combatentes como cérebros dos robôs androides que provavelmente entrarão em combate muito em breve. Mais uma vez é a ficção científica tornando-se realidade em um mundo onde as pessoas perderam completamente o valor como entidades vivas, dotadas de sentimentos, de emoções, de inteligência (“natural”). A desigualdade que essas tecnologias devem causar ditará as próximas superpotências bélicas do mundo e, infelizmente, o destino da humanidade.
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